quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Justin Timberlake e sua música grande


Depois da polêmica declaração "se Pink Floyd e Led Zeppelin podem fazer músicas de 10 minutos, por que eu não posso?", do cantor pop Justin Timberlake (ex-NSync, ex-Disney, ex-namorado-virgem-da-Britney), resolvi ouvir a tal música de 8 minutos de duração que o dito cujo lançou e gerou esse assunto.

Lógico que muitos roqueiros se revoltaram com tal "heresia" mas, antes de ouvir o som, eu tinha achado realmente legal o fato de um cara que sempre viveu na "grande mídia" com uma musiquinha pop totalmente genérica se arriscar com algo diferente, fugindo do padrão. Achei corajoso, até.

Abri o Youtube, procurei a tal música e fui ouvir com a melhor das intenções. Quebrei a cara.

Trata-se de mais uma musiquinha xexelenta da pior espécie de pop da atualidade, no estilo Chris Brown e tosqueiras do tipo. Daquelas que só faltou colocar um rapper no meio pra piorar. Música pobre, sem graça, com vozinha de adolescente sofrendo, igual a tantas outras músicas ruins do mesmo estilo (esse pop romântico brega de cantor de hip hop, que acham que é R&B), mas com um diferencial: dura intermináveis 8 minutos ao invés de 3 ou 4, como deveria ser. Na boa, mais chato que isso, só Jorge Vercillo.

Não, Justin Bieber. Ops, Timberlake (é quase igual). Você, de fato, não pode. Ou pelo menos não deveria.

Obs: não vou colocar o link da música aqui. Quem quiser ouvir, procure no Youtube por sua própria conta e risco.

Abraços!
E. Marcolino

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cada um no seu estilo


O valor de um trabalho artístico é subjetivo. Na música, isso não é diferente, mas as pessoas costumam confundir gosto pessoal com qualidade. É claro que não dá pra separar completamente as duas coisas, naturalmente vou estar mais propenso a enxergar qualidades em trabalhos que me atraem. Mas temos que tentar fazer um mínimo de distinção entre o "gosto/não gosto" e o "bom/ruim" musicalmente.

Existe uma tendência muito forte de qualificar diferentes estilos musicais como inferiores ou superiores. Acho isso muito errado. O legal da música é a existência de estilos completamente diferentes, cada um com suas características. E dentro de cada um deles existem coisas de maior e menor qualidade.

É comum o jazzista achar que o rock é barulhento e sem valor, ou o roqueiro torcer o nariz pra música pop, ou o cara que se acha culto criticar o axé, o sertanejo e outros estilos populares no Brasil, enquanto exalta "medalhões" da MPB. Chato demais.

Não existem estilos melhores ou piores. Dizer isso é como dizer que, no cinema, drama é melhor que comédia ou aventura é melhor que terror, colocando tudo de um estilo num mesmo saco.

Existem, sim, características diferentes. O jazz e a bossa nova são estilos mais rebuscados. O pop costuma ser mais simples e "dançante". O rock engloba coisa demais e pode ter várias faces, desde suave até agressivo. E por aí vai. E cada um tem um objetivo diferente. Uma canção pop, por ter só 3 ou 4 acordes, não tem valor artístico necessariamente menor do que um jazzista improvisando sobre uma harmonia complexa.

Falta tolerância e auto-crítica de um modo geral. Vejo muito roqueiro tacando pedra nas letras do axé enquanto ouve o Kiss cantando "Eu quero rock and roll a noite toda e festa todo dia". Ou esculachando os versos do pagode romântico e achando lindo quando o Bon Jovi canta "Eu vou te amar, baby, para sempre" ("Always"). Galera do rock progressivo diz que tem bandinha ruim que só toca 3 acordes e fica babando o Pink Floyd fazendo 2 acordes durante intermináveis minutos. Não estou criticando os artistas em questão (só citei bandas que eu adoro!), mas mostrando a incoerência dos argumentos.

Claro que muita gente tem um gosto superficial e ouve apenas o que toca nas rádios, na TV e nas festas, menosprezando o resto. Mas isso sempre vai existir. E são pessoas que em geral não fazem muito juízo de qualidade. Por isso surgem coisas bizarras fazendo sucesso, como Restart, Fiuk e outras aberrações empurradas pela mídia. Mas o fato de fazer sucesso ou estar na mídia não significa ser ruim, como muita gente pseudoculta pensa. Mesmo nessa nova safra do sertanejo, no pagode ou no axé, que são amplamente criticados no Brasil, existem muitos artistas talentosos.

Se alguém responde a pergunta "que tipo de música você gosta?" com a frase "eu gosto de música boa", pode apostar que ela não entende muito de música. Chega a ser ridícula essa resposta.

Eu gosto, a grosso modo, de vários gêneros do rock (principalmente blues-rock, progressivo e hard rock), além de várias coisas no blues e no jazz. Gosto de alguns artistas na música pop também. Mas não deixo de reconhecer o valor que existe em muitos nomes da música erudita, do heavy metal, do axé, etc.

Isso não quer dizer que existe beleza em tudo e que, por ser subjetivo, um trabalho musical não pode ser criticado. Pode sim, e deve. Mas isso tem que ser feito sem levar em conta a preferência de estilo. Deixem o roqueiro criticar o rock, o sambista criticar o samba, etc. E cada um fica na sua.

No fim das contas, o importante é a emoção que a música passa.

Fui.
E. Marcolino

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ressuscitando o blog

Depois de bastante tempo sem usar essa página aqui, voltei! E voltei pra escrever sobre o que eu estiver a fim, só porque eu gosto de escrever às vezes (e porque minha namorada sugeriu e eu obedeci, mas deixa quieto). Claro que o principal assunto vai ser música e guitarra. Mas se der vontade de falar sobre futebol e sobre o meu Mengão, também tá valendo. Ou sobre filmes. Ou piadas. Ou filosofia (não, to zoando, filosofia não).

Enfim, quem se interessar, entre aqui de vez em quando! Não vou me obrigar a escrever todo dia, toda semana, ou algo do tipo. Vai ser quando eu achar que vale a pena. Sugestões de assuntos são bem vindas. E comentários também. Valem elogios e críticas. Os elogios eu aceito e as críticas eu ignoro. É meu blog, afinal. =)

Esse primeiro post é um post sobre nada, ou quase isso. Mas foi só pra tirar a teia de aranha daqui.

Como diria Chapolin Colorado, "sigam-me os bons"!
E. Marcolino